NESTA AULA

Burnout Parental

Burnout parental é um estado de esgotamento físico, emocional e mental vivido por cuidadores — especialmente mães — que enfrentam demandas intensas e crônicas na criação de filhos. Diferente do cansaço cotidiano, trata-se de uma condição marcada por exaustão persistente, distanciamento afetivo e sensação de ineficácia como mãe ou pai. Esse é um fenômeno mais comum que imaginamos, pois as demandas associadas a múltiplos papéis tem cobrado um alto preço, em especial das mãe. Uma pesquisa do nosso grupo , realizada durante a pandemia, evidenciou que mães de filhos menores de 12 anos ,em home office, tiveram mais sintomas de exaustão e mais impacto em uma série de dimensões.

As repercussões são amplas: desde impactos na saúde mental e física do cuidador até efeitos negativos no vínculo com a criança, aumento de conflitos familiares e risco de negligência involuntária. O burnout parental não é oficialmente reconhecido como diagnóstico em classificações psiquiátricas, mas pesquisas recentes vêm demonstrando sua prevalência crescente, sobretudo em contextos de vulnerabilidade e sobrecarga emocional.

O risco é particularmente elevado entre mães de crianças e adolescentes com necessidades especiais — como no autismo, TDAH ou outras condições crônicas — especialmente quando o entorno falha em reconhecer as necessidades reais dessa mãe e da criança, isolando-as em um ciclo de cobrança, culpa e solidão.

Nesta aula, vamos explorar o que é burnout parental, os principais achados da literatura científica sobre o tema, os fatores de risco e proteção, e estratégias práticas de prevenção e cuidado — tanto individuais quanto coletivas. Porque cuidar de quem cuida é essencial para que o cuidado seja sustentável, afetuoso e humano.

  • Adicione aqui um breve resumo ou uma lista de recursos úteis.